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Homens, apesar de tudo” surge a partir dos arquivos da associação “Memorial”. 

Dentro dos Gulag, pais e mães tentaram desesperadamente manter viva uma relação com os seus filhos, que parecia destinada a despedaçar-se sob o peso da propaganda e do passar dos anos. Assim, escreviam-lhes cartas e faziam-lhes pequenos objetos - bordados, desenhos e bonecas – onde emergem histórias extraordinárias de humanidade e amizade, de dor e verdade, que documentam a paixão pelo homem que se conserva nas fibras mais íntimas da pessoa, qualquer que seja a sua circunstância.

Na exposição, alternam-se as vozes que sublinham as condições desumanas e humilhantes dos campos e outras que nos falam da dignidade recuperada, de um Bem que pode brilhar em todo o lado e permitir permanecer homens, apesar de tudo.

A exposição é construída a partir de textos, vídeos e fotografias, cuja coleção se encontra atualmente apreendida pelo estado Russo.

"Grãos de pó coroados de glória" é o título da exposição sobre um dos aspetos mais áridos, mais concretos e mais duros da cultura contemporânea: o trabalho e os seus desafios no século XXI.


A partir de fenómenos como quiet quitting, great resignations, Burnouts ou tão somente da necessidade de performance e do sucesso, colocam-se questões como o equilíbrio entre o trabalho e a família, a par da possibilidade de alguma realização ou de satisfação pessoal. 

 

A pergunta retomará sempre uma nota dominante: o que procuramos realmente no empenho diário, quotidiano e, muitas vezes, invisível das tarefas mais nobres e das tarefas mais humildes no mundo que vivemos no atual Ocidente?

A exposição "Andrea Mandelli: Ofereço-te a minha mola" conta a fé de Andrea, profundamente fundamentada na vida sacramental; esta manifestava-se de um modo que implicava toda a sua vida: a fé fez com que vivesse intensamente toda a realidade, quer antes, quer durante a doença que o levou com apenas 19 anos ao encontro definitivo com o Senhor.

O estudo, as leituras, a organização de encontros com jovens, o empenho na criação do cartão de estudante, a fundação de um jornal escolar, a necessidade de dar um juízo sobre os acontecimentos da vida social e cultural, as eleições para a associação de estudantes, a venda de livros usados, a amizade, o alpinismo, o esqui, as férias, etc.: tudo isto era vivido de um modo que fazia emergir perguntas em todos os que com ele se cruzavam: de onde podia vir esta energia?

Ao longo da exposição "Querendo, quero o infinito", apresentamos as vidas e a obra de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos: o que escreveram e as suas tentativas para encontrar uma resposta para a vida.

Lendo a sua obra, descobrimos alguém que, sem nos conhecer, fala sobre a nossa vida, as nossas tentativas e sobre as nossas perguntas. Encontramos alguém que escreve aquilo que nós escreveríamos, se o conseguíssemos pôr em palavras como Pessoa o fez.

Arriscamos dizer que Pessoa era um génio, ou seja, intuiu aquele que é o drama da vida, tendo expresso todo o grito humano.

Parece-nos também que se vê na sua obra um esgar da resposta e isso é razão de esperança.

Assim, Pessoa é para nós um companheiro de caminho e fizemos esta exposição esperando que ele se pudesse tornar um para todos os que a visitarem.

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