E eu, o que sou? Diante destes que, mais uma vez, se dispõem gratuita e serenamente a construir o Meeting?
Este ano, para a Leonor, o Pré-Meeting começou mais cedo. Um casal de espanhóis (imagine-se!) precisava de uma casa onde ficar com a sua filha mais nova, de 6 meses. Preparar a casa para este «meeting» ajudou-a a entrar mais a fundo no significado desta experiência de encontro. Com esta família, que por muitos podia ser vista como louca por rumar a uma casa desconhecida, havia já uma familiaridade inexplicável, pela qual valia a pena preparar já, por exemplo, um belo pequeno almoço, como se faz com os amigos de sempre!
Na Cantina Velha, impressiona a paz que reina face a todas as intempéries que as montagens trazem consigo, sejam os atrasos, sejam os imprevistos de última hora. Apesar de parecer estar-se à beira do eclodir de um caos, ainda assim, escolhe-se parar para lanchar com aqueles que vêm ajudar a construir parte de algo, que nem sabem com certeza vir a ver, como os nossos amigos do Vale d’Acor. Vê-se que aqui é proposta uma nova forma de olhar para o trabalho. Não como escravos da produtividade, mas como total doação de si àqueles que desejamos aqui receber. Esta visão nova muda e ilumina todo o nosso estar e, por isso, também o nosso modo de receber.
É este o desejo que tem guiado toda a preparação do Meeting e que, para a Leonor, tem sido, desde o início, ocasião de testemunhar uma «verdadeira experiência de unidade». É com este mesmo desejo que se propõe viver estes dias de «meeting», numa atenta atitude de espera por aqueles que vêm. Com um real desejo de receber, também em nossa casa, como verdadeiros amigos, aqueles que, por mais ou menos desconhecidos que nos sejam, arriscarem connosco vir perguntar «E eu, que sou?».
Bem vindos!
Ana Mara em conversa com Leonor Miranda Santos
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